Salvador, Bahia, território africano.

Por meio do componente curricular Campo das Artes: saberes e práticas, ministrado pelo docente Joel Pereira, foi realizado uma viagem para Salvador-BA, recheada por muita alegria, músicas, capoeira, pelourinho, farol da barra, Museu de Arte Moderna, e principalmente, muito conhecimento. 

Registro da chegada à Salvador.

A primeira parada foi na Escola Capoeira de Angola Irmão Gêmeos, no Forte da Capoeira em Salvador. 

A recepção foi feita pelo Mestre Curió e seus alunos. Curió, Jaime Martins dos Santos, discípulo de Pastinha nascido em 1939, continua ensinando e difundindo a capoeira angola. Foi apresentado algumas músicas para os alunos que ali estavam presentes. Após uma breve apresentação, entramos para a sala de palestra para ouvir as histórias do Mestre.

No momento da palestra a surpresa foi coletiva quando o Mestre mostrou a diferença entre a capoeira angolana e a capoeira regional, pois, para a maioria presente a capoeira era uma só. O modelo angolano é o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam a Capoeira. Já o regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo.

Um saboroso samba do Recôncavo finalizou a visita ao ECAIG. Com a participação de praticamente, se não todos, os estudantes, o samba tomou conta da sala e o gingado ficou solto até os último segundos. Certamente não teria forma melhor de encerrar essa maravilhosa visita.

Registro final da visita.

A parada seguinte foi no Pelô. O encanto de sempre modificado a cada visita. O passeio ficou ainda mais agitado quando um grupo de "Timbaleiros" mostravam sua sincronia. 

Para alguns conhecerem, para outros reverem, o grupo seguiu em direção para, considerado por muitos, o principal ponto turístico de Salvador, o Elevador Lacerda, de onde seguimos para a nossa próxima parada, o MAM (Museu de Arte Moderna).

             

No MAM, o contato com algumas obras foi inevitável. Estava em exposição a obra Implosão:Trans(relacion)ando de Hubert Fichte. 

"A mostra “Implosão: Trans(relacion)ando Hubert Fichte” reúne trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente brasileiros, convidados a incursionar no universo de Fichte, desdobrando-o em criações inéditas ao lado de trabalhos históricos. A exposição propõe um questionamento sobre os olhares, posições, preconceitos e lugares de fala do poeta libertário alemão, judeu, homossexual, que procurou no Brasil novas alianças minoritárias, tanto nos  terreiros quanto nos banheiros públicos" afirma a secretaria de cultura da Bahia. 

Além dessa incrível obra, Templo de Oxalá, de Rubem Valentim, também se fazia presente.

A obra não foi devidamente entendida pela equipe de aluno que estava presente, pois o envolvimento da obra com a religião a qual ele trabalha não é de contato frequente. Entretanto, foi possível perceber a dimensão religiosa que atravessava a geometria formal.

  Após ficarem encantados com a estrutura e sua carga histórica do MAM, com a criatividade dos artistas, o grupo seguiu para o Farol da Barra para ficar encantando, agora, com o maravilhoso pôr do sol.
                   

Foto de João Pena

A última parada da equipe foi em um dos lugares preferidos, não somente pelos moradores da capital, mas por muitos turistas, e pelo jeito também foi o do grupo: Rio vermelho!

                           

A viagem foi chegando ao fim e só restaram as lembranças, as histórias e principalmente o conhecimento adquerido. Ponto para a UFSB e para o docente Joel Pereira, que com muita responsabilidade levou toda uma turma para apresenta-la a prática e não se prender somente a teoria absorvida em sala de aula.