Qual é a sua teoria sobre arte? Há contraexemplos na sua teoria? Algumas das teorias apresentadas a seguir possuem alguns contraexemplos, venha pensar comigo. O texto utilizado como referência é a obra de Adilson Alciomar Koslowski, "Acerca do problema da definição de arte".
A primeira teoria a ser apresentada é a teoria da imitação (mimética): “a arte é feita pelo homem
e representa algo para si.”
Há vários objetos criados pelo homem, necessariamente elas são obras de arte? Um objeto que foi exposto em sala de aula e que se encaixa perfeitamente para essa discussão é o garfo. É um objeto criado pelo homem, sendo assim é um objeto artístico. Uma pergunta interessante é, será que todos os garfos são objetos artísticos?
Há variados tipos de garfos existentes, dentre eles, existem aqueles garfos de plásticos descartáveis, a produção dele, de fato, foi intencional criar uma obra de arte? Certamente não foi criado com esse intuito, e como uma teoria para ter validade não se deve ter contraexemplos, de certa forma, essa teoria é derrotada.
A segunda teoria apresentada é que a arte é definida pela expressão (expressionismo): “arte
é algo feito pelo homem, expressa suas emoções e as
reproduz no público que as aprecia.” Mas da mesma forma que a outra teoria já apresentada possuía contraexemplos, essa também não é diferente.
De certa forma, sim, essa teoria há fundamentos cabíveis, entretanto, uma cena de novela é arte? Uma notícia de um atropelamento é arte? E o método dadaísta é arte?
Há quem diga que uma cena de novela é arte, eu particularmente concordo com essa ideia, já que, quando estão sendo gravados para ser reproduzido para um público, ela atinge o objetivo dessa teoria, expressar algo para um público alvo. Entretanto não é considerada como real, e sim uma expressão ficcional. Agora, uma notícia de atropelamento possui a finalidade de informar, e não de intencionalmente criar uma arte. No método dadaísta, também há um ideia que contradiz essa teoria.
"A proposta do Dadaísmo é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso. Tratava de negar totalmente a cultura, defendia o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente, firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra."
Por fim, a teoria de que a arte é definida pela forma (formalismo): algo feito
pelo homem e que possui forma significante (produz
emoção estética).
Quando apresentado essa teoria em sala de aula, eu fui perguntado pelo docente, "é a forma que produz emoção estética?" Eu respondi que de certa forma sim, exemplifiquei usando uma modelo de carro, ao qual, quando vejo sinto uma emoção, não pelo o que ele é ou o que ele representa, e sim pelo design, linhas e formato dele. Mas, no ponto de vista de outro aluno, essa teoria já não estaria correta e seguimos...
Espero ver sua resposta nos comentários, mas para melhor norteá-lo, veja alguns exemplos.
Essa é a catedral de Brasília (Distrito Federal), obra de Oscar Niemeyer. Ela tem a função de igreja, mas ela possui a forma tradicional de uma? Ao meu ponto de vista não, sendo assim, nesse caso a função segue a forma.
Essa é a Igreja São Francisco de Assis, onde tomando como base minha última afirmação, esse exemplo mostra o contrário do último. Nesse caso, a forma segue a função, onde por ser uma igreja, necessariamente segue características tradicionais de um formato de uma igreja.
Após apresentadas essas três teorias, voltamos uma ideia já concretizada no começo do nosso quadrimestre, onde não existe uma definição correta do que é arte, mostrando que arte é o que a gente quer que seja arte.
Referência.
História da Arte. Dadaísmo. Disponível em <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/dadaismo/> Visto em 17 jan 2018.
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